quinta-feira, 10 de outubro de 2024

APOIO TOTAL À LUTA HERÓICA DO POVO PALESTINO * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB

APOIO TOTAL À LUTA HERÓICA DO POVO PALESTINO

No último sábado dia 7 de outubro o Hamas lançou a "Operação Tempestade Al aqsa", baseada em ataques simultâneos de guerrilha e sabotagem, no interior da pátria sionista de Israel. Tal iniciativa do grupo palestino é uma resposta corajosa, mesmo que limitada, às atrocidades históricas do Estado sionista contra seu povo.

No mesmo dia da operação de resistência ofensiva palestina, o carniceiro primeiro ministro de Israel Benjamin Netanyahu, confirmou o "Estado de Prontidão para a guerra", incrementando em seguida, uma verdadeira campanha visando destruir, aniquilar o povo palestino. Nessa toada, o ministro da Defesa de Tel Aviv, Yoav Gallant, expressou de forma literal a essência racista e supremacista imperante como ideologia de Estado e da própria sociedade civil israelense, quando declara: "A ordem foi para se estabelecer o bloqueio total para a Faixa de Gaza. Não haverá eletricidade, nem comida, nem água, nem combustível, tudo fechado..."; e justifica tal propósito de caráter abertamente genocida: "Nós estamos combatendo contra animais humanos e estamos agindo em conformidade com esse contexto". Seria difícil dessa forma, uma prova mais cabal do fato de estar em curso desde 1947/48 (Resolução da partilha da Palestina pela ONU e criação do Estado de Israel), dum processo franco de limpeza étnica da Palestina.

A ofensiva militar do exército sionista contra a Faixa de Gaza que se seguiu ao estado de guerra declarado pelo criminoso Netanyahu, pode ser facilmente caracterizado como crimes contra a humanidade e tentativa de genocídio. Os militares israelenses tem atacado deliberadamente regiões e habitações civis, hospitais; eliminado crianças, idosos, mulheres sem distinção alguma. Tal ação sistemática de limpeza etnica tem combinado bombardeios indiscriminados, inclusive com fósforo branco, proibido por leis internacionais, contra todas as regiões da Faixa de Gaza, com o bloqueio generalizado da entrada de itens humanitários básicos como alimentos, remédios, insumos hospitalares, etc; inclusive os hospitais tem sido atacados e destruídos de forma sistemática pelos criminosos de guerra sionistas. Há vídeos na internet mostrando soldados israelenses tapando poços de águas palestinos, com concreto, deixando patente para o mundo todo ver, o nível de desumanidade e destrutividade do Estado sionista e assassino de Israel, que planeja de forma deliberada esmagar e eliminar por completo o povo palestino.

O Estado israelense impõe desde seu surgimento pelas mãos da ONU, uma verdadeira política colonial de pilhagens contra toda a região da Palestina. Ainda no período do Mandato colonialista britânico, que já vinha criando as condições para a expulsão massiva de palestinos de suas terras, quando praticamente eliminaram as principais direções da resistência palestina, grupos paramilitares sionistas vinham se articulando, inspirados desde então e sobretudo, na chamada "Declaração Balfour", onde os bandidos imperialistas ingleses se comprometeram a "criar um lar" para os judeus, numa jogada geopolítica imperial. Tais grupos paramilitares sionistas fortalecidos indiretamente pelo Mandato britânico, calculavam já uma ofensiva militar contra os vilarejos palestinos visando expulsar sua gente e roubar suas terras, antes mesmo da criação do Estado de Israel. O conhecido chefe sionista histórico, David Ben-Gurion, um dos arquitetos do Estado de Israel, foi provavelmente o maior dos defensores de uma radical limpeza etnica na Palestina. Ben-Gurion desde 1946 traçava um conjunto de planos que posteriormente se tornaram políticas de Estado em Israel, do qual em essência visava o domínio total da Palestina e a completa expulsão ou eliminação de seu povo. Daí podemos ver o caráter irremediavelmente colonialista, racista, supremacista e expansionista de Israel.

No entanto, ao contrário do colonialismo clássico que incorporava de forma submetida o povo dominado, Israel, até mesmo pelo seu projeto econômico; por ser um pré -posto dos interesses da geopolítica dos Estados Unidos na região; e também devido a sua ideologia que dá sustentação e coesão a tal política colonial sui-generis, não pode incorporar de forma a explorar os palestinos, mas antes, elimina-los como etinia. Daí o caráter do projeto abertamente genocida do Estado sionista.

Se nos atentarmos para história das agressões de Israel contra a Palestina e do seu caráter e simbologia, facilmente nos certificaremos do que busca o Estado sionista e qual o seu fim.

A ação do Hamas contra Israel desde dentro de suas fortalezas, tem toda a legitimidade, pois a resistência e ofensiva militar de um povo que luta em armas contra um tipo de opressão extrema, não somente é válido, como obrigatório! A história já nos deu não poucos exemplos desse heroísmo dos povos oprimidos.

A grita "indignada" e farisaica de toda imprensa corrupta da burguesia e seus medíocres escribas de aluguel, que vendidos até a alma e coração ao deus Mamon e servil até a medula diante da máfia sionista internacional, escamoteiam desesperadamente através de um dos maiores processos de fraude jornalística da história, os crimes e barbaridades cometidas cotidianamente pelo criminoso e assassino Estado de Israel.

No entanto, as consequências geopoliticas internacionais para Israel, que vão além de seu isolamento, podem ser das mais perigosas. Uma nova reedição da "Guerra dos seis dias" de 1967, quando países árabes se levantaram contra Israel, ou mesmo um novo Yom Kippur não podem ser completamente descartados; também uma nova versão da "Intifada Palestina" pode entrar num horizonte político da região. E essa nova versão da "Intifada" não se resumiria somente ao levante palestino, mas poderia ter como consequência da maior importância, uma Frente militar de luta entre os sunitas do Hamas (e demais grupos da Frente de resistência palestina) e os xiitas do Hezbollah, numa unidade de ação que faria estremecer Israel e o próprio imperialismo ianque, além de convulsionar e arrastar para a luta anti-sionista e antiimperialista grandes parcelas das massas árabes, fator de importância incalculável e que poderia inclusive dar verdadeiro impulso e ânimo às lutas dos povos que enfrentam a besta imperialista em todo o mundo. Que nos atentemos para isso...

O Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros e a Frente Revolucionária dos Trabalhadores (FRT), defendemos incondicionalmente o direito sagrado do povo palestino viver, enfrentar e lutar por todos os meios possíveis, sobretudo o militar, pra derrotar o monstro sionista! Mais do que isso, nos somamos militantemente como revolucionários marxistas e internacionalistas à luta heróica do povo palestino.

Fazemos um chamado a todas as organizações democráticas, revolucionárias, sindicatos, movimentos populares e intelectuais honestos a fortalecermos um fórum e uma Frente de Lutas em solidariedade ao povo palestino e de combate ao Estado terrorista de Israel, bem como a hostilizar vivamente todo e qualquer tipo de símbolo e patrimônio sionista e/ou relacionado ao Estado de Israel.

A omissão nesta difícil hora equivale a ser conivente e tolerante para com o Apartheid que Israel impõe contra um povo e que se constitui como um dos maiores crimes já cometidos na história dos povos.

Morte ao Estado sionista de Israel!
Honra e glória ao heróico e valente povo palestino!
Por um movimento internacional em defesa da Palestina livre e soberana!
Boicote e sabotagem já, contra Israel e seu terrorismo de Estado!

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